domingo, 15 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ronald Carvalho


Ivan Angelo e eu temos duas coisas gritantes em comum, literatura e cabelos brancos. Uma oculta, o amor pela linguagem. Não a língua, esse fenômeno passageiro que, à vezes expressa a linguagem. Nos cruzamos na USP e na Revista Senhor, em São Paulo, na década de oitenta e foi muito bom descobrir o escritor e o ser humano. A “menina” tem tudo isso. Literatura, cabelos brancos, linguagem, língua e o ser humano que é o Ivan. A língua paralítica, o que é o significado e o significante? Desquitado? Deste lado, disque e tarde, diz que é tarde? Para onde vão as pessoas desquitadas? Afinal é pela palavra que se descobre o conhecimento, é pela palavra que se descobre o sofrimento. Até o amor. A descoberta da menina é a palavra que salva. A palavra que mata. A palavra que revela. Quase psicanalítica. A palavra de Ivan Ângelo. Ou anjo?